O Nome da Rosa

O Nome da Rosa.
Já li este livro.
Não posso dizer que gostei porque é demais para mim. Ultrapassa qualquer classificação de gosto que o meu humilde conhecimento possa dar.
Mas sim, na minha ignorância, posso dizer que este livro é um dos meus livros preferidos.
A intriga policial que dá corpo ao livro já a conhecia (pelo filme) e sabia-a empolgante, capaz de prender o leitor até ao final. Mas é a grande intelectualidade de Umberto Eco que marca este grande livro da literatura mundial contemporânea.
Em todo o livro há um debate de Filosofia, Lógica, Nomilalismo que não compreendo porque não sei. O próprio título vem dessas questões. Mas mesmo sem nada saber consegui interessar-me e perceber o quão absorvente poderá ser o estudo destas matérias.
A narração histórica dos conflitos da Igreja numa época marcada pela hipocrisia, cinismo, detenção do poder total e de todo o conhecimento, o sadismo perante os fracos e perante os que lutam contra o obscurantismo, as lutas pela obtenção do conhecimento, o debate de ideias que principia um novo e ousado pensamento: a aproximção de Deus ao Homem e do Homem a Deus, a aceitação de toda esta crua realidade pelo fraco e ignorante povo, tudo isto é verdadeiramento fascinante e rico. Umberto Eco descreve de tal maneira tudo isto que a vontade de saber mais é muita. E apercebemo-nos da importância do conhecimento da história para melhor compreender o presente e melhor o aceitarmos.
Mas é o final, o grande final, a luta de ideias entre Guilherme e Jorge, que condensa a ideia principal desta história, que é verdadeiramente empolgante e estimulante (esta parte já reli). Quem lê simplesmente o policial poderá ficar desiludido com o conteúdo do secreto e cobiçado livro e o autor das mortes mas é aqui que se torna fascinante e enriquecedor perceber a evolução do pensamento e por que debates, dúvidas, interrogações passaram as questões da condição humana. Hoje em dia vivemos numa sociedade de pontos assentes mas para isso, há séculos atrás, outros homens, grandes e únicos pensadores, foram capazes de pensar mais à frente e não admitir nada menos do que a liberdade para o homem. A libertação deste pela sua condição terrena.
E é nesta altura que mais pequenina me sinto…
Voltarei a ler este livro com mais conhecimentos, com as partes em latim traduzidas e então será mais fascinante lê-lo.
É daqueles livros que me acompanhará toda a vida!
Para já (que sou muito nova…) só li uma vez.

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