Emprestaram-me um livro, um livro antigo, de 1968: “A Nudez Da Tua Filha”, de Myron S. Kaufmann. Escritor norte-americano.
Não conhecia e não tinha vontade de o ler mas como não gosto de devolver os livros sem os ler…
O resultado final é que este tornou-se numa das melhores histórias que já li. Bem escrita. Real. Simples. É daqueles romances injustos que vai alimentando uma vontade romântica que espera um “felizes para sempre” mas que apenas nos conta uma realidade que continua para além da última página. Fica assim na nossa memória em aberto, cheio de possibilidades, alimentando a nossa imaginação. São poucos os livros que me deixam abandonada no fim. Queria umas tantas outras páginas para ler…
Este poderia ser um simples romance, uma simples história mas retenho de qualquer livro todas as meditações que vai suscitando, todas as reflexões sobre diferentes sociedades, sobre diferentes épocas.
Li, já não me lembro aonde, que somos como um coador quando lemos um livro. Ora, o que cada livro dá a cada pessoa é diferente na medida em que os buracos do coador são maiores ou mais pequenos. Não é uma metáfora muito bonita mas acho que ajuda a compreender o porquê de um mesmo livro suscitar gostos diferentes nas pessoas.
Obrigada, Anastácio pelo seu comentário.