Trinta e quase seis anos passaram e continuo a ver a minha mãe de agulha na mão. Todos os dias, em cada minuto vago. Raramente a vejo sem fazer nada. É do tempo em que uma mulher não podia estar parada, sobrar tempo era sinal de pouco zelo, esmero pela casa e família.
Retomou um trabalho antigo e aqui está a diferença dos anos que passam, está a fazer coisas para ela, para a casa dela. Fazer crochet sempre foi para os de fora, para vender e ajudar nas contas. Colchas, toalhas, cortinas, almofadas e trios de naperons para os quartos. Enxovais.
Está a acabar uma toalha. A linda roseta que a forma é simples mas bonita e muito fácil de fazer e de tirar a amostra para novatos como eu. Com linhas e cores à minha medida num estantinho pus em cima da mesa a minha versão da roseta que utilizarei para marcadores de pratos.
Estes são verdes mas há-os noutras lindas cores. Em breve aqui ao lado.
Devo dizer que a primeira foto é a tal, a escolhida para a galeria Insta Sexta do P3 do jornal Público. Coisas do Instagram que tão orgulhosa me deixam.