Como se trabalhar fosse um destino, disse Miguel Torga e disse-o bem!
Só um poeta, uma alma maior para perceber que o destino do homem está para além da terra, do terreno.
Só um espírito livre percebe que o tempo gasto ao sol, a passear, a ver os outros passar… é tempo de revigoração!! De crescimento.
Uma conversa entre amigos. Um dia na praia com a família. Um café na esplanada. Um livro devorado numa tarde. Uma tarde devorada a estudar matérias interessantes. Um mergulho na água gelada. Um silêncio. Uma pausa.
Tudo momentos que nos fazem viver!
Nenhum dinheiro extra paga a falta destes prazeres gratuitos.
No livro O Amante de Lady Chatterley, que li à pouco tempo, já para o fim o guarda diz “eles acham que viver é gastar dinheiro”… esta frase ficou-me na memória. De facto é o que parece ao olharmos para a tendência que há hoje em dia: construir uma carreira, trabalhar horas extras, ter dois empregos. E tudo porque é preciso comprar, gastar dinheiro! De outra forma não se vive! Muita roupa (uma para cada dia do mês), muitas televisões, o melhor carro, os melhores móveis…
E os melhores tempos?
Cada um sabe de si…
Eu prefiro o sol. Prefiro a chuva. Prefiro a praia e a montanha. Um céu azul e um estrelado (em Arga de São João). Prefiro os amigos e a família.
Viva! Sou feliz!