O primeiro livro do ano não poderia ser melhor para precisamente começar um ano novo: de Alain de Botton, Como Proust Pode Mudar A Sua Vida.
Comprei-o porque Alain é um filósofo do optimismo (e eu sou incondicionalmente adepta da psicologia positiva) e um grande comunicador e porque talvez este livro fosse um icentivo à leitura da colecção Em Busca Do Tempo Perdido, de Marcel Proust que tenho na estante para ser lida… e logo nas primeiras páginas encontrei a mensagem de Ano Novo que andava a ensaiar e que gostaria de enviar a todas as pessoas deste mundo:
“Julgo que se recaísse sobre nós uma ameaça de morte a vida nos pareceria subitamente maravilhosa. Imagine quantos projectos, viagens, ligações amorosas, estudos, ela – a nossa vida- esconde de nós, tornados invisíveis pela nossa preguiça que, certa da existência de um futuro, os adia incessantemente.
Porém, se tudo isto estivesse na iminência de se tornar impossível para sempre, quão maravilhoso voltaria a parecer! Ah! se o cataclismo não ocorrer desta vez, não sentiremos falta de visitar as novas galerias do Louvre, de nos atirarmos aos pés da Menina X, de fazer uma viagem à Índia.
O cataclismo não acontece e nós nada fazemos porque estamos de novo no centro da vida normal, onde a negligência adormece o desejo. E, porém, não deveríamos precisar do cataclismo para amarmos a vida hoje. Deveria ser suficiente pensar que somos humanos e que a morte pode chegar esta noite.” Marcel Proust
Feliz ano para todos, vivam cada dia com o Amor dos últimos dias…..