Depois de ler todo o blog de Fernando Nobre, inclusivé comentários, de aceder à maioria dos links lá propostos, achei que não tinha nada para escrever e que este meu blog pouco ou nenhum sentido fazia.
Mas depressa converti este pensamento para um tempo de introspecção e análise. Todas as pausas são boas. Algumas urgentes.
De qualquer maneira desde que iniciei este blog nunca senti a necessidade de o manter actualizado diariamente ou impelida a procurar algo depressa para que os dias não passassem em branco neste calendário blogueano.
Muitas coisas tirei das palavras de Fernando Nobre, mas essencialmente que se queremos ser cidadãos participativos, capazes de acrescentar algo às nossa e às outras vidas, temos de ser cidadãos informados, cultos. E críticos no sentido de avaliar o nosso caminho e de o desfazer e fazer para encontrar uma vida útil, plena de satisfação e realização.
Ao conseguirmos assim viver já estamos a ajudar o próximo porque somos melhores pessoas, mais serenas, menos ansiosas, mais tolerantes e compreensivas.
Estudar e procurar o conhecimento tem de ser um acto contínuo e sempre no sentido da evolução, portanto, sem um fim previsto.
Isto eu já sabia mas os anos passam e tenho cada vez mais certeza que o conhecimento é tudo, e tendo o extraordinário efeito de me tornar cada vez mais pequena.
Ouço muitas vezes: “aquele é formado”; “a tal é formada”, referência a um qualquer curso, licenciatura, que alguém tem e que esse alguém julga já ser tudo. E continuo a vê-los preocupados “com o que comer, com o que vestir”, desatentos ao percurso do mundo, atentos apenas às últimas modas do consumismo. Uma vida profissional baseada nos curtos conhecimentos adquiridos no tempo académico. Uma vida familiar baseada em apetrechar a casa com todos os gadgets conhecidos e os filhos com as melhores notas da turma e as melhores roupas que confiram o estatuto de “bem na vida”. Educando-os sem qualquer conduta moral, sem o sentido do próximo e da ajuda.
E mais não digo. Não me apetece.
E como disse Fernando Nobre a alguém “é sempre possivel fazer as malas ficando aqui”. Eu estou a fazer as minhas malas para ficar aqui, tornando-me na melhor pessoa que conseguir encontrar em mim, educando o meu filho para ser um Grande Homem!
E começo a achar que é uma grande ajuda humanitária fazer crescer flores de esperança no meio deste ocidente que pouco ou nenhum respeito tem pelos que vivem em guerra, em fome, em miséria humana. Se não os podemos ajudar ao menos não nos esqueçamos deles. Já é alguma coisa.